O estilo de vida Sugar está em alta em Maringá e região. De acordo com dados exclusivos fornecidos pela assessoria da plataforma MeuPatrocínio, a maior da América Latina no segmento, a Maringá e municípios próximos reúnem 30.451 usuários ativos, que acessaram a rede ao menos uma vez nos últimos 12 meses.
O levantamento aponta que, desse total, 23.786 são sugar babies, sendo 233 homens, além de 6.347 sugar daddies e 85 sugar mommies. O número, no entanto, representa usuários que colocaram Maringá como cidade atual, podendo incluir pessoas de municípios vizinhos, o que reforça a força do modelo em toda a região.
O que é ser uma sugar baby?
De acordo com o especialista em relacionamentos do MeuPatrocínio, Caio Bittencourt, em entrevista ao Portal GMC Online, uma sugar baby é uma mulher que busca ser “patrocinada” por homens mais velhos. “Ela busca um relacionamento transparente, sem joguinhos, ao lado de um homem maduro, generoso e que tenha condições de oferecer estabilidade e experiências únicas. Não se trata apenas de luxo, mas de viver uma relação em que há companheirismo, cuidado e crescimento pessoal”, afirma.
Ainda segundo Bittencourt, os principais motivos que levam mulheres a optarem pelo estilo de vida Sugar estão ligados à busca por relacionamentos mais maduros, objetivos e estáveis. “Muitas estão cansadas de relações imaturas. No relacionamento sugar há clareza desde o início, além de segurança emocional e apoio financeiro que pode ser usado para educação, viagens ou projetos pessoais”, explica.
Perfis diferentes, objetivos distintos
O especialista reforça que não existe um perfil único de sugar baby. Há desde universitárias que aproveitam o relacionamento para investir nos estudos, até profissionais consolidadas, como profissionais já bem-sucedidas. “Algumas investem em carreira, outras abrem negócios, e há também quem queira apenas viver momentos especiais. O que todas têm em comum é a ambição de crescer e a vontade de estar com alguém que realmente some em suas vidas”, pontua Bittencourt.
Preconceito e tabus
Apesar da popularidade, o estilo ainda enfrenta julgamentos. “Existe preconceito, muito ligado à falta de informação. Aos poucos, esse cenário vem mudando, porque vemos cada vez mais mulheres assumindo esse estilo de vida de forma natural. É uma escolha consciente, que prioriza respeito, liberdade e desenvolvimento”, diz o especialista.
‘Não me sentia valorizada’
A moradora de Arapongas, no Paraná, Graciane, 36 anos, compartilhou sua experiência como sugar baby ao GMC Online. Ela destaca que a decisão veio após frustrações em relacionamentos tradicionais.
“Decidi ser uma sugar baby porque estava exausta de relações em que não me sentia valorizada. Para mim, não se trata apenas de dinheiro, mas de me sentir protegida, cuidada e sempre em busca de aprendizado. Quero crescer pessoalmente e me tornar tão grande quanto o daddy que estou”, relata.
Sobre o que considera essencial dentro desse modelo, Graciane destaca a reciprocidade. “Um relacionamento sugar ideal é baseado em apoio e expectativas claras. Não é prostituição. O ideal é que ambos se sintam valorizados e satisfeitos, criando uma conexão que vai além do material”, afirma.
Segurança e escolhas conscientes
Para quem pensa em entrar no estilo de vida sugar, o conselho de Bittencourt é alinhar expectativas desde o início. “O relacionamento sugar deve ser sempre uma parceria saudável. O importante é valorizar a independência, ter clareza sobre o que se deseja e nunca abrir mão do respeito e da transparência. Além disso, escolher plataformas seguras é essencial”, orienta.
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