© REUTERS/U.S. Navy
SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Marinha do Brasil autorizou a entrada do navio oceanográfico norte-americano Ronald H. Brown em águas jurisdicionais brasileiras. A visita ocorrerá entre 14 e 21 de janeiro de 2026, com parada no Porto de Suape, em Pernambuco.
A decisão foi assinada pelo Estado-Maior da Armada e publicada no Diário Oficial da União em 21 de outubro. O pedido foi feito pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil e analisado conforme a legislação que regulamenta a presença de navios militares ou governamentais estrangeiros em portos nacionais.
A passagem da embarcação integra uma agenda de cooperação científica. O foco é apoiar pesquisas sobre o Atlântico Sul, especialmente em temas relacionados ao clima e à dinâmica oceânica.
O Ronald H. Brown pertence à NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration). É a agência norte-americana responsável por estudos oceânicos e atmosféricos. É o maior navio científico da frota dos Estados Unidos.
Embarcação foi construída no Mississippi e entrou em operação em 1997. Com porto-base em Charleston, na Carolina do Sul, navega por todos os oceanos levantando dados sobre clima, correntes marinhas e fenômenos meteorológicos que impactam o planeta. Equipado com laboratórios e sensores de última geração, o navio funciona como plataforma global de pesquisa.
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Comprimento: 274 pés (cerca de 83 m).
Alcance: 11.300 milhas náuticas.
Autonomia: 60 dias.
Velocidade de cruzeiro: 11 nós.
Laboratórios: cinco módulos internos, somando quase 4.000 pés²; possibilidade de até nove laboratórios móveis no convés.
Ainda reúne sensores científicos de última geração. Entre eles, ecobatímetro multifeixe, perfilador de subfundo, ADCP (perfilador acústico de correntes), sistema de posicionamento acústico e radar Doppler.
Possui posicionamento dinâmico. O sistema permite manter a posição dentro de um raio de aproximadamente 300 pés mesmo com mar agitado, vento e corrente. Esse recurso é crítico para lançar e recolher fundeadouros de grande profundidade, operar ROVs e implantar boias e sensores.
Navio homenageia Ronald H. Brown, primeiro afro-americano a chefiar o Departamento de Comércio dos EUA. Brown foi um apoiador da frota científica da NOAA e morreu em 3 de abril de 1996 em um acidente aéreo durante missão oficial.
















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