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A Prefeitura de Maringá pretende utilizar robôs para realizar um mapeamento e diagnóstico sobre a segurança dos túneis e galerias pluviais que cortam o Novo Centro e outras regiões da cidade. A informação foi dada pelo secretário de Infraestrutura, Limpeza Urbana e Defesa Civil de Maringá, Vagner Mussio, em coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira (23).
O secretário detalhou as obras realizadas após a abertura de um buraco com mais de 7 metros de profundidade após o rompimento de uma galeria de águas na Avenida São Paulo, defronte ao Shopping Avenida Center, no dia 13 de outubro, após a ocorrência de fortes chuvas no município. O trânsito na região foi liberado nesta quinta (23), exatos 10 dias após o incidente.
De acordo com o secretário, apesar do orçamento não deixar muitas margens, é possível realizar a contratação de robôs para a tarefa. Segundo Mussio, o uso desses equipamentos torna a logística mais simples, sem colocar em risco servidores que teriam de percorrer os túneis.
“Nós temos hoje uma dotação orçamentária da administração passada que não nos permite fazer grandes contratações, porque o ano que vem é o nosso orçamento, mas nós já estamos elaborando uma forma de contratar a tecnologia para fazer isso. Você não consegue fazer em todas as galerias da cidade, nem tem essa necessidade, mas as grandes galerias, como a que tem aqui embaixo, como tem na Tuiuti, em outros pontos da cidade, nós pretendemos colocar robôs que podem percorrer por dentro desses túneis, filmando, fotografando e fazendo diagnósticos. Para mim andar hoje embaixo desse túnel aqui com funcionários, eu preciso da equipe do Corpo de Bombeiros, precisamos de oxigênio, é uma equipe mais técnica, então dificulta um pouco. Mas quando eu coloco um robô e coloco para andar aqui dentro, eu não tenho problema de gases que podem ter dentro desses túneis. O robô, se acontecer alguma coisa, não é uma vida, é uma máquina. Então, nossa ideia, sim, é fazer uma contratação para que possa, pelo menos nas principais galerias de Maringá, naquelas que nós entendemos que são as mais perigosas, aquelas que, como essa que nós estamos aqui agora, em cima de onde estava o buraco aqui, fazer essa contratação para fazer esse diagnóstico”, disse.
Ainda conforme o secretário de Infraestrutura, durante as obras foi possível observar uma suspeita de ligação irregular nas galerias, provavelmente sendo usadas para o escoamento de esgoto de outros prédios. Ele descartou, no entanto, que o incidente tenha ligação com o buraco aberto no cruzamento das Avenidas Paraná e Horácio Racanello, em 2023, ocasião em que um carro chegou a ser engolido pela avaria.
“Existia aqui, sim, um problema de ligações irregulares. Essa semana nós fomos fazer uma vistoria lá perto da Rodoviária e existia rede de esgoto jogando aqui dentro, então isso aqui é para água pluvial, você não pode ter cheiro de esgoto nesse local. Então esse estudo, essa análise, ela vai ser feita, ela precisa ser feita, não é na velocidade que nós queremos porque, como disse, o orçamento passado não nos permite fazer algo dessa forma, mas ele será feito, sim, um estudo, será feita a avaliação, vamos colocar pessoas trabalhando nesses setores. […] Lá na Paraná foi algo da Sanepar, lá tem um rompimento, um cano da Sanepar, que, ao meu ver, é bem mais simples, porque é você fechar um registro, parou de vir água e acabou. Nesse local aqui é totalmente diferente, porque se desse uma chuva, primeiro que você não conseguiria ficar lá embaixo porque ele enche de água, é o risco de morte de um funcionário e aí nós não conseguiríamos fazer. E aí a dimensão desse problema seria assim, não tem nem como explicar”, finalizou.
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