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A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) publicou nesta sexta-feira (19) uma nota técnica com orientações aos produtores rurais do Estado, após a identificação de mortes suspeitas em bovinos, ovinos e caprinos possivelmente associadas ao uso de vacinas veterinárias.
O documento foi elaborado com base em informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que registrou eventos adversos graves após a aplicação dos lotes 016/2024 e 018/2024 da vacina Excell 10, fabricada pela Dechra Brasil Produtos Veterinários. Até o momento, 612 mortes suspeitas estão em análise em diferentes estados, incluindo o Paraná. O Mapa determinou a interdição total da vacina como medida preventiva.
Segundo Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, a vacinação contra clostridioses permanece fundamental, desde que feita com produtos adequados. “Todas as ações necessárias estão sendo realizadas. As vacinas já foram retiradas do comércio e agora o objetivo é alertar os produtores para que não façam uso desses lotes interditados”, afirmou.
Além da Excell 10, o Mapa identificou irregularidades na produção da vacina Resguard Multi, da Vaxxinova International B.V., cuja fabricação foi suspensa. A recomendação é que comerciantes mantenham os estoques sob refrigeração e aguardem orientações da Adapar ou dos distribuidores sobre devolução ou recolhimento.
A agência também orienta que suspeitas de mortalidade relacionadas a vacinas sejam notificadas pelo sistema e-SISBRAVET ou nos escritórios locais da Adapar, além de comunicadas ao Serviço de Atendimento ao Consumidor dos laboratórios.
Mesmo com as investigações em andamento, a Adapar reforça que a vacinação contra clostridioses continua sendo uma prática eficaz e necessária na prevenção de doenças de alta letalidade. A carne e os produtos de origem animal seguem seguros para consumo, desde que oriundos de animais saudáveis e inspecionados.
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